O Presidente da Câmara de Pedrógão Grande reagiu à denúncia da Revista Visão sobre a utilização de cerca de meio milhão de euros para a reconstrução de casas não prioritárias dizendo que “é uma afronta” e “uma perseguição” que lhe estão a fazer e que a investigação “é uma encomenda”.
“Os meus inimigos não conseguem digerir a situação de terem perdido as eleições e isto, portanto, é tudo denúncias de má-fé. Foi efetivamente uma peça de trabalho jornalístico encomendada, porque quem lê a parte final, em que se referem à minha pessoa e a outras pessoas, vê-se exatamente que é uma encomenda”, disse o presidente em declarações à SIC.
Para Valdemar Alves, as denúncias são fruto da “inveja também daquelas pessoas que falam, mas que não dão a cara, que gostariam que as suas casas tivessem ardido para terem agora uma casa nova e também de outras pessoas que, efetivamente, estão invejosas do trabalho que foi feito pelo governo, pela Câmara Municipal e pelo [Fundo] Revita”.
Depois da reportagem da Revista Visão, o Fundo Revita anunciou que vai rever todos os processos, mesmo não tendo recebido nenhuma denúncia das situações relatadas. Foi também aberto um inquérito pelo Ministério Público para investigar as alegadas irregularidades na reconstrução da casas de primeira habitação depois do incêndio de Pedrógão.