A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) questionou oficialmente o ministro da Administração Interna sobre quais as razões para os bombeiros não terem sido chamados a estar presentes nas formaturas oficiais de receção ao Presidente da República e primeiro-ministro em Monchique.
"Entendemos que nestas fases as visitas do Presidente da República, do primeiro-ministro, de políticos, são absolutamente corretas. Não está minimamente posto em causa, mas estamos a viver momentos de operacionalidade, não estamos a viver momentos de cerimónias nem de estar a desviar de onde são necessários os operacionais. Perante aquelas formaturas até parece que não são precisos no terreno", criticou Jaime Marta Soares, presidente da LBP.
Marta Soares adiantou ainda, em declarações à Lusa, que questionou oficialmente o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, sobre as razões pelas quais nas formaturas oficiais os bombeiros, "a força de Proteção Civil maioritária no terreno" no combate aos incêndios, não foram chamados a estar presentes "para receber os cumprimentos e a saudação do senhor Presidente da República".
Insistindo que o momento ainda é "de operacionalidade" no terreno, o que faz com estas cerimónias se tornem "desnecessárias e exageradas", Jaime Marta Soares defendeu que "se alguém entendeu que têm que ser feitas", então "é inadmissível, é inaceitável que só participem forças que são minoritárias no terreno"
"Trata-se efetivamente de uma manifestação de desrespeito aos bombeiros e por isso não a aceitamos", afirmou Marta Soares, que disse também que os bombeiros se sentem "revoltados, magoados e ofendidos" com a situação.