No primeiro semestre do ano passado, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) recebeu 52,1 mil reclamações, um valor que ultrapassa em 25% o registado no mesmo período do ano passado.
Do total, 80% foram dirigidas ao setor das comunicações eletrónicas e os restantes 20% aos serviços postais.
Ao todo são 41,5 mil as reclamações respeitantes às comunicações eletrónicas e destas, 96% apontadas às três maiores operadoras.
A MEO é a maior visada, 45% das reclamações, com 14.500 reclamações, um crescimento homólogo de 105%. Já o grupo NOS tem 30% das queixas, 9.500, e a Vodafone 21%, 6.800 no total, um aumento de 22% e 44% respetivamente, em relação ao mesmo período do ano passado.
Os assuntos mais reclamados são a faturação (15%), a avaria de serviços (15%) e o cancelamento do serviço, com 10%.
No que diz respeito aos serviços postais, os CTT receberam 9.800 reclamações, mais 88% do registado no mesmo período de 2017.
O atraso é o principal motivo de queixa, com 31% das reclamações a apontar o atraso na entrega, 16% o extravio ou atraso significativo, 9% a entrega na morada errada ou falha na distribuição e 8% a falta de tentativa de entrega ao destinatário.
Do total das reclamações, 82% foram apresentadas nos livros de reclamações, físico ou eletrónico – que entrou em vigor em julho de 201 – e 18% diretamente à ANACOM.