O antigo líder do PSD Luís Marques Mendes defendeu este domingo, na SIC, que o Orçamento do Estado para 2019 será "muito popular" e um "bónus eleitoral para o PS".
Para o comentador, o governo pode apresentar uma proposta em que o défice não ultrapasse os 0,2 por cento, facto sem paralelo em Democracia. Depois, a proposta irá agradar " a todos": pensionistas, funcionários públicos, utentes de transportes públicos, por isso, será um Orçamento "dos mais eleitoralistas de sempre". Mas comporta riscos. Basta que se verifique uma quebra na economia e a lógica "chapa ganha, chapa gasta", acabará por levantar mais problemas no futuro.
A um ano das Legislativas, Marques Mendes antecipou ainda que Mário Centeno não voltará a ser ministro das Finanças num futuro governo do PS, em caso de vitória. E acabou a fazer cenários sobre possíveis sucessores. O nome do senhor que se segue pode ser o secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix, mas também do atual ministro da Segurança Social, Vieira da Silva. A este propósito, Mendes revelou um dado que poucos conhecerão. Vieira da Silva chegou a ser o "plano A" de Costa para as Finanças, enquanto Centeno seria o escolhido para a Segurança Social.
No seu comentário dominical, Marques Mendes também abordou a polémica na Defesa ao aconselhar Azeredo Lopes "a sair pelo seu próprio pé". O ministro da Defesa "está diminuído" na sua atividade e Marques Mendes deu como exemplo a sua ausência das cerimónias do 5 de outubro. Além disso, Mendes lembrou que Azeredo Lopes corre risco de vir a ser constituído arguido ou ter de testemunhar num processo sobre o encobrimento da recuperação de material de guerra em Tancos.