Lucília Gago toma posse esta sexta-feira como Procuradora-Geral da República. Esta é a segunda magistrada da área da família e menores a dirigir o Ministério Público (MP).
Lucília Gago, que foi nomeada por Marcelo Rebelo de Sousa, já passou duas vezes pelo Departamento de Investigação e Ação penal de Lisboa. A primeira na área da corrupção, uma área a que terá de dar muita atenção, tendo em conta todas as mega investigações que continuam em curso.
A cargo da nova procuradora-geral da República ficam casos mediáticos como o roubo das armas de Tancos, as rendas da EDP, operação Lex, o processo BES e o roubo de armas da PSP. Mas não fica por aqui, Lucília Gago terá também de lidar com casos referentes às parcerias público-privadas (PPP), aos negócios da TAP, à extradição de Vale e Azevedo de Inglaterra e ao o processo e-toupeira, que envolve o Benfica. Sem esquecer ainda as suspeitas de fraude na utilização de dinheiro público para a reconstrução de casas destruídas pelos fogos de 2017 em Pedrógão Grande.
A também professora do Centro de Estudos Judiciários e líder do departamento de Direito de Família da PGR tem uma boa relação com Joana Marques Vidal, tendo sido inclusivamente por escolha da mesma que chegou pela segunda vez ao DIAP de Lisboa, desta vez em 2016 e como diretora.
Lucília Gago passou ainda pelo Tribunal da Relação de Lisboa. Em 2005 passa a procuradora-geral-adjunta na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa e até 2012 fica a representar o MP naquele tribunal.
Lucília Gago nasceu em Lisboa a 26 de agosto de 1956 e é casada com o procurador Carlos Gago, que fez parte da direção da Polícia Judiciária. Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1978 e entrou para o Ministério Público no início da década de 90.