O deputado único do PAN, André Silva, defende que o governo escolheu a melhor altura para fazer a remodelação, porque assim consegue que a mudança não fique no centro da atividade política. "Estamos em pleno debate do Orçamento do Estado para 2019. [O 'timing'] parece que foi propositadamente escolhido, hoje, para que não ocupar o centro da atualidade", disse à Lusa.
André Silva referiu que o setor do turismo será o "grande desafio" do ministro da Economia, dado que "o país precisa de encontrar formas mais sustentáveis para esta atividade e de descentralizar as grandes massas dos centros urbanos. "Espero que seja capaz de conseguir encontrar alternativas", referiu o dirigente do PAN.
Sobre a pasta da Defesa, que suscitou as alterações em virtude da demissão de Azeredo Lopes na sequência da polémica sobre desaparecimento de armas dos paióis de Tancos, o parlamentar do PAN referiu que o nome escolhido é o de "uma pessoa conhecida e reconhecida, com um currículo impressionante", estimando que a opção foi por uma "figura consensual capaz de reabilitar a imagem das forças armadas, bastante manchada nos últimos tempos".
"À nova Ministra da Cultura não conhecemos as posições sobre as tradições mais anacrónicas no nosso país, nomeadamente a tauromaquia. Esperamos que traga uma nova perspetiva sobre a matéria, de acordo com os valores éticos mais progressistas do século XXI", acrescentou André Silva.