“É um processo normal que o senhor general saia”, diz António Costa sobre Rovisco Duarte

O general Rovisco Duarte apenas terminaria o seu mandato em abril de 2019

António Costa considera “normal” o processo de exoneração do general Rovisco Duarte, que justificou o pedido de demissão do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército com "motivos pessoais".

"O senhor Presidente da República entregou hoje ao Governo uma carta que lhe foi entregue pelo general Rovisco Duarte, pedindo a sua demissão por motivos pessoais e, portanto, está agora a decorrer o processo normal tendo em vista a sua exoneração e a designação do novo Chefe do Estado-Maior do Exército", afirmou o primeiro-ministro.

Confrontado com a hipótese de “circunstâncias políticas” terem forçado a saída de Rovisco Duarte, Costa remeteu para a carta entregue por Marcelo, dizendo que o Governo trabalha “nessa base”: "É um processo normal que o senhor general saia", acrescentou.

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De acordo com fontes militares contactadas pela agência Lusa, o general Rovisco Duarte comunicou "por escrito" – através da rede interna do Exército – que apresentou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a sua carta de resignação. "Circunstâncias políticas assim o exigiram", disse Rovisco Duarte. Na versão oficial, divulgada pela Presidência da República, são alegados “motivos pessoais”.

De sublinhar que o general foi escolhido para assumir o cargo pelo ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, onde substituiu Carlos Jerónimo, que se demitiu na sequência da polémica que envolveu a direção do Colégio Militar.

O general Rovisco Duarte apenas terminaria o seu mandato em abril de 2019, e encontrava-se sob contestação desde o roubo do material dos paióis de Tancos – divulgado a 29 de junho de 2017.