Economia desacelerou no último trimestre

A procura interna, o maior motor do abrandamento da economia, recuou de uma variação homóloga de 2,7% para 2,4%, enquanto que a procura externa decresceu 0,3%.

O contributo menos positivo da procura interna fez abrandar a economia no terceiro trimestre, atingindo a taxa de variação homóloga mais baixa desde o segundo trimestre de 2016.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, o PIB cresceu 0,3% entre julho e setembro face ao três meses anteriores e 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Valores que refletem um abrandamento face ao crescimento registado no segundo trimestre, quando comparado com o período entre janeiro e março, de 0,6% e de 2,1% face ao segundo trimestre de 2017.

“Comparativamente com o 2º trimestre de 2018, o PIB aumentou 0,3% em termos reais, menos 0,3 pontos percentuais que no trimestre anterior”, pode ler-se na nota do Instituto Nacional de Estatistíca (INE). “A procura externa líquida apresentou um contributo negativo ligeiramente menos intenso que o observado nos dois trimestres anteriores, tendo as Exportações e Importações de Bens e Serviços desacelerado”.

O consumo privado foi o que mais provocou a desaceleração do PIB, uma vez que as despesas em bens duradouros desacelerou para 5,3%, face ao crescimento de 8,8% registado no segundo trimestre.  “O consumo privado desacelerou em volume, passando de um crescimento homólogo de 2,7%, no 2º trimestre, para 2,3%”, esclarece o INE. O consumo público cresceu 0,7% em relação aos 0,9% do trimestre anterior. 

A procura interna, o maior motor do abrandamento da economia, recuou de uma variação homóloga de 2,7% para 2,4%, enquanto que a procura externa decresceu 0,3%.

As exportações e importações também registaram um abrandamento. “As exportações de bens e serviços em volume registaram um crescimento menos intenso no terceiro trimestre, passando de uma variação homóloga de 7,1%, no segundo trimestre, para 3,1%”, segundo o INE, e que se assistiu a uma “desaceleração significativa das importações de bens e serviços, com uma variação homóloga de 3,5% em volume, após um aumento de 7,5% no segundo trimestre.