"O relacionamento bilateral [entre Portugal e a China] encontra-se no seu melhor momento histórico", disse o presidente chinês, Xi Jinping, na conferência de imprensa que se seguiu ao seu encontro com o primeiro-ministro, António Costa, e à assinatura dos 17 acordos e memorandos entre entidades chinesas e portuguesas no Palácio de Queluz, em Lisboa.
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Opinião partilhada por Costa, que afirmou que esta "visita resulta em resultados concretos" na "afirmação do papel estratégico de Portugal", referindo-se à cooperação entre Lisboa e Pequim para a rota da seda marítima e terrestre. Os dois países aprofundarem a cooperação em áreas como a energia, telecomunicações, indústria agro-alimentar, média, entre outras, com os documentos assinados.
O líder português ressalvou o facto da agência de cotação chinesa ter elegido a dívida pública portuguesa para terreno positivo, incentivando a compra da dívida soberana por entidades chinesas. Recorde-se que desde 2010 que Pequim tem sido um dos principais investidores em Portugal, com mais de nove mil milhões de euros em sectores como a energia (REN e EDP), banca e seguros. Se se somar os vistos gold, o investimento chinês sobe para os 12 mil milhões de euros. Situação que tem criado desconforto em Bruxelas e Berlim, que receiam que a economia portuguesa e, por inerência, a europeia se tornem permeáveis aos interesses do Estado chinês.
Na manhã de hoje e no segundo dia da sua visita de Estado a Portugal, Xi Jinping enxontrou-se com o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, na Assembleia da República, e ontem encontrou-se com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém.