O diplomata norte-coreano Jo Song-gil, de 48 anos, até recentemente embaixador interino em Itália, está desaparecido, segundo um membro do parlamento da Coreia do Sul, que garante ter sido informado pelos serviços secretos sul-coreanos. Segundo Kim Min-ki, o ex-embaixador e a sua família “abandonaram a missão diplomática e desapareceram”.
O alegado desaparecimento surgiu depois de o jornal sul-coreano “JoongAng Ilbo”, citando uma fonte diplomática anónima, ter noticiado que Jo Song-gil havia pedido asilo a um governo ocidental e colocado sob proteção pelo governo italiano. No entanto, duas fontes afirmaram à Reuters em Roma que o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano não tem conhecimento do relatado, nem existem registos de que o o diplomata norte-coreano tenha pedido asilo em Itália.
Segundo uma das fontes, a Coreia do Norte anunciou no final de 2018 que enviaria um novo representante diplomático para Roma, mas que tal seria “um procedimento perfeitamente normal”.
A presidência da Coreia do Sul também afirmou, esta quinta-feira, não ter conhecimento do assunto. Mantém-se a possibilidade que seja falso alarme, à semelhança da notícia da execução de um general norte-coreano, baseada em fontes governamentais da Coreia do Sul, tendo o general aparecido depois vivo num congresso.
Confirmando-se a deserção, não seria o primeiro caso de um alto diplomata norte-coreano. Em 2016, Thae Tong Ho, na altura número dois da embaixada no Reino Unido, fugiu para a Coreia do Sul com a família.
Nas suas memórias ,Thae escreveu que o principal motivo para escapar foi a obrigação dos diplomatas deixarem os filhos na Coreia do Norte, como “reféns” do regime, prática estabelecida por Kim Jong-un, quando assumiu a liderança em 2011.