O Sindepor, um dos sindicatos responsável pela greve prolongada nos blocos operatórios de vários hospitais do país, marcou um novo pré-aviso de greve.
Os enfermeiros deverão paralisar de 8 a 28 de fevereiro, numa nova greve que se estende a mais três instituições – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria) e Centro Hospitalar de Setúbal.
Em comunicado partilhado na página do Facebook, o Sindepor escreve que "tendo em conta as balizas da palavra dada e do compromisso e para demonstrar ao poder legislativo que os enfermeiros, quando toca à defesa dos seus direitos, não estão adormecidos nem embarcam em discursos de palavras vãs, decidimos publicar um novo pré-aviso de greve".
"Se o governo tem linhas vermelhas para balizar a negociação que tem em curso com o Sindepor também o Sindepor tem linhas vermelhas para balizar as nossas reivindicações", escrevem os sindicalistas, especificando que entre as reivindicações está o "justo reposicionamento para todos os Enfermeiros, com contagem uniforme dos pontos em todas as instituições do SNS e para todos os enfermeiros independentemente do seu vínculo contratual; os 1201 euros não contarem para efeitos de reposicionamento; 1613 euros como salário base para início da carreira de Enfermagem; tabela tricategorial com ganhos remuneratórios em todas as categorias; nenhuma categoria limitar o ganho remuneratório da categoria anterior; idade da reforma adequada respeitando a elevada penosidade e risco da profissão de Enfermagem (57 anos); regras de transição claras e objectivas para que os anos de serviço sejam factores determinantes na incorporação dos profissionais de enfermagem na tabela salarial da nova carreira de Enfermagem".
Estas, garantem, "são algumas das nossas linhas vermelhas negociais e delas não arredamos pé". E deixam a promessa: "se no dia 30 de Janeiro a mesa negocial for inconclusiva e não for de encontro às nossas justas reivindicações no dia imediatamente a seguir (31/01) avançaremos para a Greve Cirúrgica 2 até que o poder governamental concorde em aceder e plasmar esse acordo em decreto-lei das justas reivindicações dos enfermeiros".