O primeiro-ministro considera que a greve cirúrgica dos enfermeiros é “selvagem” e “absolutamente ilegal”.
À margem de uma visita à torre de Moncorvo, António Costa deixou ainda a garantia de que o governo "vai recorrer a todos os meios legais que estiverem ao seu alcance para impedir que haja a prática do recurso ilegal à greve".
Para o líder do governo, os enfermeiros estão a cometer um “abuso do direito" à greve, o que está a "atentar contra a dignidade dos doentes”.
"Aquilo que é o exercício da atividade sindical, o que é o exercício legítimo do direito à greve" não deve ser confundido "com práticas que não são greves cirúrgicas, mas sim greves selvagens, que visam simplesmente atentar contra a dignidade dos doentes, contra a função do SNS e que são absolutamente ilegais", afirmou António Costa.
Recorde-se que a greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos começou na quinta-feira e vai prologar-se até 28 de fevereiro. Segundo a Rádio Renascença, pelo menos 261 cirurgias foram adiadas no primeiro dia da paralisação.
Esta é a segunda greve cirúrgica, de 22 de novembro a 31 de dezembro decorreu uma paralisação semelhante, que terá levado ao cancelamento ou adiamento de quase oito mil cirurgias.