Os fundos para financiar a greve cirúrgica dos enfermeiros – angariados através de uma plataforma de crowdfunding – vão ser investigados pela ASAE, avançou este sábado o jornal Expresso.
Esta semana o Partido Socialista (PS) já tinha falado no facto de se proibir a angariação de donativos anónimos neste tipo de plataformas. João Paulo Correia, vice-presidente do PS, disse ser importante conhecer “os interesses que existem” ligados ao financiamento da greve dos enfermeiros. Já os enfermeiros dizem que não há “nenhum interesse oculto” com este financiamento.
Lúcia Leite, em declarações ao Notícias ao Minuto, afirmou que “os enfermeiros estão efetivamente a mobilizar-se de forma voluntária, com uma orgaização informal, através das redes sociais, dando ideias, partilhando estratégias para serem implementadas. Esta é uma luta de todos, não é só destes sindicatos”.
Esta é a segunda vez que os enfermeiros fazem greve aos blocos operatórios. A primeira greve começou a 22 de novembro do ano passado e terminou a 31 de dezembro, em cinco hospitais do país – que ficaram a trabalhar a meio gás com cerca de 500 cirurgias a serem adiadas por dia. Esta segunda greve começou no dia 31 de janeiro e já adiou cerca de 1600 operações.