Enfermeiros entregam intimação contra requisição civil

Intimação partiu do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal  (Sindepor), um dos sindicatos por trás da greve cirúrgica

Depois de o governo ter aprovado a requisição civil em quatro centros hospitalares na última quinta-feira, hoje, o Sindepor – um dos sindicatos por trás das greves cirúrgicas – entregou uma intimação no Supremo Tribunal Administrativo em resposta, com o objetivo de garantir a proteção de direitos, liberdades e garantias dos enfermeiros.

À "Lusa", Garcia Pereira, o advogado responsável, confessou-se preocupado, defendendo que se estão "a forjar fundamentos e protestos para justificar a requisição civil".

Segundo Garcia Pereira, "estão a alargar intencionalmente os programas cirúrgicos numa dimensão que em condições normais não podem ser cumpridos. Estão a ligar às pessoas a dizer que tem intervenção marcada quando esta não é possível".

À mesma fonte, o advogado defendeu ainda que o Ministério Público devia investigar a situação, apontando o dedo ao ministério da Saúde e às administrações hospitalares. Para Garcia Pereira, em causa podem mesmo estar crimes de natureza pública.

A requisição civil, note-se, foi decretada para os Centros Hospitalares de São João, do Porto, de Entre o Douro e Vouga e de Tondela-Viseu, que segundo o ministério da Saúde não estariam a cumprir os serviços mínimos.