Dados do Ministério da Saúde revelam que até ao dia 19 de fevereiro foram adiadas 5031 cirurgias, ou seja 46% das intervenções que estavam agendadas.
O comunicado da tutela refere que estes dez hospitais, em que foram decretadas as duas últimas greves de enfermagem, vão agora proceder ao reagendamento das cirurgias que não foram realizadas devido à paralisação.
Recorde-se que o Conselho de Ministros decretou, a 7 de fevereiro, uma requisição civil na greve dos enfermeiros nos blocos operatórios de quatro centros hospitalares, iniciada a 31 de janeiro, alegando incumprimento dos serviços mínimos.
A greve mais recente foi convocada até 28 de fevereiro, depois de uma paralisação idêntica de 45 dias no final de 2018. As duas paralisações foram marcadas após uma recolha de fundos através de crowdfunding, que arrecadou cerca de 740 mil euros.
Em causa, no protesto dos enfermeiros, estão o descongelamento das progressões na carreira e o aumento do salário base dos enfermeiros.
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