A lista do PSD para as eleições europeias só deve ser fechada no final da próxima semana e o líder social-democrata, Rui Rio, ainda não fez convites para completar a equipa do cabeça de lista, Paulo Rangel. De acordo com informações recolhidas pelo SOL, já terá havido uma conversa entre a direção social-democrata e o PSD/Açores por causa do nome indicado por aquela estrutura regional: Mota Amaral.
A hipótese do antigo presidente da Assembleia da República ficar em segundo lugar na lista, dado o seu percurso político, pode vir a baralhar as contas do presidente social-democrata na ordenação da lista. São poucos lugares elegíveis para encaixar várias personalidades e a disponibilidade do também antigo líder regional aumentou a pressão para a elboração da lista.
Contudo, Mota Amaral assegurou ao SOL que «não recebeu qualquer convite». Seja como for, o próprio presidente do PSD já disse que os Açores irão «em lugar mais do que elegível».
Entretanto, as distritais do PSD já receberam instruções para indicar nomes para lista a partir do 11º lugar da lista, posições consideradas inelegíveis. O prazo para entrega de nomes termina no final deste mês, sendo certo também que o aparelho do partido já foi interpelado para escolher mandatários financeiros e coordenadores de campanha.
Os primeiro nove nomes da lista serão escolhas de Rui Rio, sendo expectável que figuras como José Manuel Fernandes, eurodeputado e presidente da distrital do PSD/Braga, devam ser reconduzidas. Do lado oposto, Carlos Coelho, um dos eurodeputados com mais experiência no Parlamento Europeu, deverá ficar fora da lista, tal como Fernando Ruas, o antigo homem forte de Viseu, que já contará regressar a Lisboa.
Álvaro Amaro, autarca da Guarda, é uma possibilidade para integrar a lista, tal como a vice-presidente do PSD, Isabel Meireles. Há quem admita que a vice presidente do PSD e a ex-ministra do Ensino Superior, Maria da Graça de Carvalho serão os dois nomes em cima da mesa para o terceiro lugar da lista.
Da Madeira manter-se-á a eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar, que chegou a ser apontada como excluída. Apesar das incertezas e da alegada disputa do lugar com Rubina Leal, o PSD da Madeira optou pela continuidade. Porém, nesta fase, começam a surgir pressões para que a Madeira fique em lugar destacado, sobretudo porque 2019 será um ano de eleições regionais no arquipélago e os Açores podem surgir representados no segundo lugar.