A investigação deparou com uma “dificuldade insuperável” – referiu a mesma fonte -, uma vez que, “enquanto em relação às instituições estas dispunham de listagens dos bens doados, isso já não acontecia com os cidadãos particulares que agiram movidos pela solidariedade sem guardarem qualquer fatura das compras efectuadas”.
Além disso, a mesma fonte adiantou ao SOL ter as maiores reservas sobre um alegado desvio de bens para familiares ou amigos de elementos ligados ao poder camarário, como foi sugerido numa reportagem da TVI sobre o tema, já que não “se está a falar de material topo de gama que pudesse ser atrativo a tais destinatários”.
Ao SOL, Valdemar Alves, o presidente da Câmara de Pedrógão, que já foi notificado da decisão de arquivamento, desabafou: «Estou aliviado. Só tenho arranjado problemas para a minha saúde. Em 2013, já reformado, vim para aqui armado em parvo para fazer um favor ao antigo presidente da Câmara, uma vez que não havia ninguém que o substituísse e ele tinha de sair, e só arranjei problemas para a minha vida. Com a minha experiência de vida, aguento bem isto, mas para a minha família, sobretudo a minha mulher, tem sido muito duro.»