Dezenas de portugueses perderam casas e bens em Moçambique

De acordo com o último balanço, feito pelo presidente moçambicano, Filipe Nyusi, são mais de 200 as vítimas mortais resultantes da passagem do ciclone Idai.

O ciclone Idai, que passou por Moçambique na quinta-feira passada, com chuvas muito fortes e ventos até 170 quilómetros por hora, deixou um rasto de destruição no país e centenas de mortos. Segundo Augusto Santos Silva não há portugueses entre as vítimas mortais, mas dezenas perderam casa e bens.

"Felizmente, até agora não temos registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo, mas ainda não conseguimos contactar todos (…) Infelizmente, temos já notícia de várias dezenas de compatriotas nossos que perderam as suas casas e os seus bens e que se encontram alojados por exemplo em unidades hoteleiras ou noutras casas de amigos ou vizinhos e estamos a fazer os levantamentos desses danos nos bens pessoais", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência Lusa.

Augusto Santos Silva disse ainda que uma equipa enviada a partir da embaixada em Maputo "bateu toda a zona centro da cidade da Beira e as estradas que se encontram transitáveis", tendo feito um "reconhecimento nos hospitais e unidades de saúde locais para ver se havia portugueses entre as vitimas".

Ainda assim, o ministro relembra que "é prematuro dar por concluído esse levantamento". Tendo em conta as dificuldades de comunicações ainda não foram contactados todos os portugueses registados na região.

"Há vários milhares de [portugueses] inscritos no consulado na Beira, que cobre todo o centro e norte de Moçambique, e a nossa estimativa é que haja mais de 2.000 portugueses a residir na zona da Beira", acrescentou.

De acordo com o último balanço, feito pelo presidente moçambicano, Filipe Nyusi, são mais de 200 as vítimas mortais resultantes da passagem do ciclone Idai.

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