Mar que Fala Português – CAE Figueira da Foz

O investimento que Portugal fez nas navegações marítimas durante os séculos XV e XVI, é a grande razão pela qual o Português, é uma das línguas mais faladas em todo o mundo.

Um dos elementos fundamentais do património que as navegações portuguesas nos deixaram foi o alargamento de uma língua e de uma cultura marítimas por diversos continentes. Podemos afirmar que uma parte significativa do oceano ‘fala’ Português.

Todos os países que falam português têm o privilégio de serem países costeiros, dotados de uma língua e de uma cultura marítima aberta e de vocação universal. Esta realidade oferece à Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa uma grande oportunidade de se desenvolver através do mar.

 Cada vez mais o mundo está em grande transformação, fazendo com que as culturas também evoluam e se alterem. Caso não se faça nada para promover a cultura dos países que falam Português e a ligação dessa cultura ao mar, muito provavelmente não se maximizarão os benefícios que as comunidades marítimas que falam português têm direito. A vocação universal desta cultura marítima é uma característica identitária que está sempre presente e que promove a abertura e o intenso relacionamento com outras culturas marítimas de outras origens e de línguas diferentes.

Este ano, na Gala Excellens Mare, que tem por objetivo premiar e reconhecer o mérito de pessoas e de entidades que têm valorizado o mar em Portugal e no Mundo, a obra sinfónica, escrita propositadamente para o evento, que será estreada pela Banda da Armada, no CAE – Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, no próximo dia 6 de abril, foi composta pelo compositor brasileiro Gilson Santos e descreve, através de belíssimas notas musicais, as navegações portuguesas e a forma como espalharam uma língua que abraça o mar e outras culturas.

Os premiados António Saraiva (Excellens Mare), FIEC (Valoris Mare), Heróis do Mar (Identitas Mare), PLOCAN (Navigare Mare), Tiago Pires (Athletice Mare), NOAA (Scientia Mare), Nuno Sá (Natura Mare) e os vencedores dos diplomas revelação azul UAVision (Inovação) e Regata de Portugal (Empreendedorismo) receberão os seus troféus perante uma plateia de pessoas que gostam de mar. O convite para assistirem à gala é aberto a Portugal, sendo apenas necessário confirmar presença através do site Prémios Excellens Mare.

Esta cerimónia que reconhece o mérito a nível nacional e internacional, juntará na cidade da Figueira da Foz, desde a excelência da agência Norte Americana que estuda e investiga furacões e tempestades de origem oceânica até à dinâmica ação do surfista Tiago Pires que transformou o surf em Portugal.

Pelo quinto ano consecutivo o CAE da Figueira da Foz é palco de um dia dedicado à celebração do mar e à promoção da cultura marítima, valorizando um legado que respeitando o passado construirá um futuro azul para todos.

 

por Miguel Marques, Sócio da PwC