Manifestações em Gaza. Assinala-se amanhã o primeiro ano desde o início dos protestos

Os palestinianos de Gaza vão manifestar-se em massa no sábado, ao longo da barreira que os separa de Israel, numa concentração que assinala o primeiro ano da “grande marcha de retorno”.

Os palestinianos de Gaza foram chamados a manifestar-se em massa no sábado, ao longo da barreira que os separa de Israel, numa concentração que assinala o primeiro ano da “grande marcha de retorno”.

Os protestos, que tiveram início a 30 de março de 2018 são oficialmente organizados pela sociedade civil, mas com um grande apoio do Hamas, movimento radical palestiniano, que controla a Faixa de Gaza.

Os palestinianos exigem o direito de regressar às terras das quais foram expulsos, na época da criação do Estado de Israel, em 1948 e contestam o forte bloqueio israelita ao enclave com mais de dez anos.

Cerca de 260 palestinianos foram assassinados a tiro no último ano, segundo avança a agência Lusa. A grande maioria morreu durante as manifestações junto à barreira de segurança, na qual milhares de pessoas participam todas as semanas.

De acordo com a UNICEF, cerca de 40 crianças já morreram naquele local, durante as manifestações e perto de "3.000 pessoas foram hospitalizadas por ferimentos, muitos dos quais provocaram situações de invalidez para toda a vida".

Israel justifica o bloqueio à Faixa de Gaza com a necessidade de conter o Hamas, que classifica como sendo um grupo terrorista, com o qual já se envolveu em três guerra no espaço de dez anos (desde 2008), excluindo o "direito de retorno" dos palestinianos, por considerar que isso significaria o fim do Estado hebreu.