O primeiro-ministro tem, segundo Joana Amaral Dias, onze motoristas, sendo que cada um receberá um salário bruto de 2121,32 euros. “Isto é incompreensível num país progressista. Num país pobre ainda é mais inaceitável”, escreve a antiga deputada bloquista no Facebook, onde publicou também uma imagem com os nomes e os ordenados dos condutores ao serviço de António Costa.
Joana Amaral Dias critica ainda o facto de o gabinete do líder do Executivo ter 62 membros. “Claro que não foi este primeiro-ministro que inventou esta moda das mordomias, caprichos de Castafiore e borboletices. Já vem de trás. Mas também não acabou com elas, infelizmente. Com os deputados verifica-se a mesmíssima pompa perdulária”.
A líder do movimento político Agir dá o exemplo da Suécia, “um dos países mais ricos do mundo que a esquerda tanto gosta de citar como modelo de social-democracia” para contrapor a situação em Portugal.
“Para os parlamentares suecos, por exemplo, a realidade é a contenção: gabinetes de sete metros quadrados e limites muito rígidos para o uso do dinheiro dos contribuintes. Não há cá benefícios extra”, escreveu. “Cada deputado cuida da sua agenda de trabalho, prepara os seus discursos e marca ele próprio, nomeadamente, as suas reuniões e bilhetes de comboio ou avião. Muito bem, até porque o que um parlamentar precisa é de serviços de informação e consultoria de qualidade para apoiar as suas atividades e a sua tomada de decisões”, explicou.
Em jeito de conclusão, Joana Amara Dias sublinhou: “Na Suécia, o único político que tem direito a carro em caráter permanente é o primeiro-ministro. É um carro e não uma turma de motoristas”