Mário Nogueira deixa apelo aos partidos: “Não matem a luta dos professores”

Líder da Fenprof volta a deixar duras críticas ao Governo

Mário Nogueira reagiu esta terça-feira à ameaça do primeiro-ministro de apresentar a demissão, acusando-o ainda de ter continuado com o “processo de intoxicação de opinião e de isolamento dos professores” que o Governo tem desenvolvido.

“Na verdade, aquilo que ouvimos dizer da parte do primeiro-ministro foi repetir o chorrilho de mentiras sobre os professores e sobre a forma como o Governo conduziu a farsa negocial que decorreu durante mais de um ano”, disse o  secretário-geral da Fenprof, em conferência de imprensa.

“E a chantagem era 'ou os senhores aceitam isto ou não vão ter nada'. E este foi o clima em que decorreram as tais negociações. Não passaram de uma farsa, de um simulacro e de uma tentativa de enganar os portugueses”, acrescentou.

Quanto ao possível desacordo entre partidos no dia da votação final das alterações ao decreto-lei do Governo sobre a recuperação de tempo de serviço, Mário Nogueira deixa apenas um apelo, pedindo que “não matem a luta dos professores” e que não permitam que “seis anos e meio de trabalho que os professores cumpriram seja eliminado”.

“No dia da votação estaremos lá. Deixem-se de politiquices. Pensem nos professores. Lembrem-se que estamos à espera de ver e ouvir os partidos que dizem defender a recuperação integral do tempo de serviço arranjar uma solução em que os seis anos e meios não sejam eliminados”, defendeu o líder da Fenprof.

Recorde-se que, na quinta-feira, direita e esquerda estavam de acordo e pretendiam aprovar a recuperação integral do tempo de serviço dos professores. No entanto, este fim de semana, e depois da ameaça de demissão de António Costa, PSD e CDS mostraram estar a repensar as suas posições.

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