"Em concreto, são 28 habitações não permanentes que beneficiaram dos apoios para a reconstrução, seis habitações não permanentes ou permanentes que não arderam (…) cinco construções não habitacionais que foram transformadas ou preparadas para serem transformadas em habitação e quatro construções novas erigidas em locais onde antes não existia qualquer edificação” avançou Vítor Reis, ex-presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no decorrer de uma audição na comissão parlamentar de Agricultura e Mar.
Aos 43 casos anteriormente referidos, o antigo dirigente da IHRU acrescentou a existência de três situações denunciadas na comunicação social em julho de 2018 e que, à época, não se solucionaram devido à exposição pública.
Em setembro do ano passado, o IHRU foi afastado da gestão da reconstrução das casas destruídas pelo incêndio de Pedrógão. Em causa estava a discrepância entre o número de casas a recuperar que constava no levantamento inicial do instituto e a lista final elaborada pela Câmara Municipal de Pedrógão Grande.
"Em vários momentos houve afirmações no sentido de que seriam cinco, seis ou sete casos, dez casos, 20 casos, pois bem são muito mais do que 40" esclarece Vítor Reis citado pela agência Lusa. Estas 46 casas fazem parte das 500 que foram destruídas durante o incêndio florestal de Pedrógão Grande que deflagrou a 17 de junho de 2017.