A primeira-ministra britânica e líder do Partido Conservador, Theresa May, aceitou estabelecer uma linha temporal para abandonar, na primeira semana de junho, a liderança de Downing Street. Os deputados conservadores esperam que a liderança venha a ser disputada antes do verão e o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de May, Boris Johnson, já garantiu que irá participar na disputa pela sucessão.
Caso May veja o acordo para o Brexit por si negociado com Bruxelas chumbado pela terceira vez na Câmara dos Comuns, apresentará a demissão, segundo a BBC. Por agora, May está dedicada a obter a aprovação do acordo pelo parlamento e a garantir a saída do Reino Unido da União Europeia.
A decisão de estabelecer uma linha temporal para sair da liderança do executivo foi o resultado de uma reunião entre May e deputados conservadores séniores, reunidos sob a chancela do Comité 1922, responsável pela gestão da bancada parlamentar conservadora e liderada por Sir Graham Brady.
Houve deputados que pediram a saída imediata de May na reunião, mas a decisão resultou, diz o Guardian, num “compromisso justo” para todas as partes. A saída de May é há muito exigida por uma parte significativa dos deputados conservadores, com muitos a fazerem-lhe uma constante guerrilha política.