Aliança prefere falar em “desilusão” do que em derrota

“Não estamos contentes, não estamos satisfeitos, mas estamos convencidos que noutras sedes do centro-direita também não haverá grande satisfação”, disse Santana.

O cabeça de lista do Aliança, Paulo Sande, foi um dos derrotados da noite. Apesar de estar convencido de que conseguiria ser eleito, os resultados trocaram-lhe as voltas e acabou por admitir que a mensagem que tentou transmitir durante a campanha não teve frutos. Ainda assim, não aceitou a ideia de derrota.

“Não é uma derrota é o começo de um caminho. Claro que um partido novo como o Aliança, e não é o único partido novo nestas eleições, tem mais dificuldade em fazer passar a sua mensagem. Falámos da Europa o tempo todo, eu falei o tempo todo da Europa porque sei a importância que ela tem para nós”, referiu. 

O candidato recusou-se a tirar ilações para as legislativas de outubro, alegando que “são outra coisa”. Também o líder do partido, Santana Lopes prefere falar em “desilusão” do que em derrota. “Não estamos contentes, não estamos satisfeitos, mas estamos convencidos que noutras sedes do centro-direita também não haverá grande satisfação. Disse há dois meses: se querem que frente de esquerda tenha alternativa que a possa derrotar, é preciso convergência”.

A verdade é que a campanha do partido foi atípica. Na primeira semana, Santana Lopes e Paulo Sande sofreram um acidente de viação na autoestrada A1, obrigando o líder do partido a estar ausente nos restantes dias, só regressando para a arruada de encerramento em Lisboa. Este domingo chegou a admitir que ainda se encontrava um pouco combalido.