A Assembleia da República (AR) quer assinalar 17 de junho como o Dia Nacional em memória das Vítimas dos Incêndios Florestais.
O projeto de resolução foi enviado pelo presidente da AR, Eduardo Ferro Rodrigues, aos líderes parlamentares e deverá ser votado já na próxima sexta-feira.
“O dia 17 de junho de 2017 ficará na história como o dia em que deflagrou aquele que foi o incêndio florestal mais mortífero de sempre em Portugal, lavrando por mais de uma semana no território dos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã", refere o texto enviado por Ferro Rodrigues aos líderes parlamentares e citado pela agência Lusa.
"A Assembleia da República, órgão de soberania representativo de todas e de todos os portugueses, foi sensível à inquietação provocada por uma tragédia com esta dimensão, tão brutal e tão cruel", acrescenta o presidente da AR, relembrando "o elevado número de feridos e expressivos danos patrimoniais", "além das avultadas perdas em equipamentos e infraestruturas diversas".
Assim, Ferro Rodrigues considera que é agora dever do Parlamento "criar condições para homenagear as vítimas mortais deste grande incêndio, evocando a sua memória".
Desta forma, Ferro Rodrigues considera “justo o apelo da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande para que o dia 17 de junho seja consagrado à memória de quem perdeu a vida em incêndios florestais” e realça que a iniciativa pretende “evocar os homens, as mulheres e as crianças que perderam a vida em 2017, mas, igualmente, todos quantos, ao longo da nossa história, sucumbiram ao flagelo dos incêndios florestais em Portugal”.
Para o presidente da Assembleia da República, o dia irá ainda “lembrar que uma tragédia como aquela que se verificou em 2017 não mais se poderá repetir”.
Recorde-se o incêndio que deflagrou no concelho de Pedrógão Grande a 17 de junho provocou 66 mortos e 253 feridos.