O antigo ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique está em prisão preventiva, desde a passada sexta-feira, tal como comunicado pela Procuradoria-Geral da República.
Paulo Zucula tinha sido detido, na passada terça-feira, juntamente com o arquiteto Emiliano Finocchi, após investigação por suspeita de crimes de corrupção e branqueamento de capitais. Suspeita-se que o político, de 64 anos, terá recebido altos valores monetários. A Agence de Presse Africaine avançou que o valor rondará os 135 mil dólares. O dinheiro serviria para adjudicar as obras do Aeroporto de Nacala, à empresa de construção Odebrecht.
Manuel Chang, antigo ministro das Finanças moçambicano, também é suspeito de estar envolvido no caso da Odebrecht, por alegadamente ter recebido cerca de 250 mil dólares, está detido na África do Sul.
Falta referir que, Paulo Zucula foi ainda acusado de ter recebido 800 mil dólares, juntamente com outros dois gestores, como suborno, na compra de duas aeronaves à Embraer, segundo o Correio da Manhã.
Em março deste ano, o antigo ministro já tinha sido condenado a 14 meses de prisão, porque ter autorizado salários impróprios a gestores do Instituto de Aviação Civil, avançou o Diário de Notícias. A pena não foi cumprida porque se converteu numa multa.
Desde 2016 que se fala nas hipóteses de corrupção ligados à empresa Odebrecht. Nesse ano, a mesma foi obrigada a pagar 2,6 mil milhões de euros de multa, pelos subornos em África e na América do Sul, por um juiz federal de Nova Iorque, EUA.