Mário Jardel tem 45 anos e jogou no Porto entre 1996 e 2000 e, no Sporting, entre 2001 e 2003. Também passou por Aveiro, há doze anos, ao serviço do Beira-Mar. O avançado brasileiro que iniciou a carreira em 1990, reformou-se dezoito anos depois. Em 2008, numa entrevista ao programa Esporte Espetacular, admitiu que acreditava que o motivo da sua perda de qualidade física se devia ao consumo de cocaína, mas que estava “curado do vício e otimista quanto ao andamento da carreira”.
“Tenho tentado combater diariamente esse bichinho que colocaram no mundo, que faz mal. A droga. Cocaína no meu caso", explicou Super Mário, é carinhosamente apelidado pelos fãs, numa entrevista ao ‘Pilhado’, canal brasileiro do YouTube. O antigo desportista não esquece a influência que os estupefacientes tiveram em si, principalmente, quando era jogador de alta competição. "Entrei nesse mundo por curiosidade, quando jogava em clubes europeus. Conheci umas pessoas, ofereceram-me e passei a consumir com regularidade (cocaína) quando estava de férias porque durante a competição tinha controlos anti-doping", referiu.
“Consumia cocaína nas férias porque não havia controlo anti-doping” a tentativa de fuga aos controlos anti-doping constituiu a afirmação mais polémica de Jardel no decorrer da conversa com Thiago Asmar, que foi repórter na Rede Globo durante nove anos.
Desabafando, o ex-internacional adiantou que “existem muitas tentações, amizades, curiosidades” e que a ex-mulher, Sandra, amiga de infância, “foi fundamental” no processo de reabilitação. “Quando tinha uma festa ela vinha comigo porque nesses ambientes é mais provável ter uma recaída", frisou Jardel, confessando ainda que passou por uma depressão profunda.