Urgências de obstetrícia. CDS exige que Governo “saia do estado de negação”

A vice-presidente da bancada do CDS salientou que “é preciso encontrar uma solução rapidamente para este problema”. 

Ana Rita Bessa, deputada do CDS, afirmou que o Governo precisa de sair "do estado de negação em que se encontra", no que diz respeito à área da saúde e pediu uma "solução rápida" para o problema da falta de especialistas nas urgências de obstetrícia em vários hospitais de Lisboa. 

A vice-presidente da bancada do CDS-PP começou por dizer que foi "com tristeza, mas sem surpresa" que tomou conhecimento do eventual encerramento rotativo das urgências para grávidas, durante o verão, nos hospitais Alfredo da Costa, São Francisco Xavier, Santa Maria e Amadora Sintra. Segundo Ana Rita Bessa, o partido já se reuniu por diversas vezes com a administração de alguns dos hospitais apontados. 

“Há muito tempo que nos foi comunicado por estas administrações esta latência de um problema grave no que diz respeito à ginecologia-obstetrícia e anestesiologia. Há muito tempo que se vem alertando que, se não for feito o planeamento devido, a contratação atempada e o preenchimento das vagas, que este era um risco que podia acontecer”, sublinhou em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Ana Rita Bessa ainda focou que este tipo de situações deviam ser impensáveis nos dias de hoje. “Não é possível que, no século XXI num país da Europa, as maternidades da Grande Lisboa se vejam forçadas a encerrar ou a funcionar rotativamente, com as grávidas a terem de ligar para o 112 para o cumprimento de um direito que está constitucionalmente assegurado”, apontou.