Uma operação da GNR, na zona de Lisboa e na Margem Sul do Tejo, levou à detenção de várias pessoas, sob suspeita de se fazerem passar por enfermeiros – mas também por assistentes sociais – para entrarem em casas de idosos, a quem depois roubavam dinheiro e bens.
O grupo atuava de Norte a Sul do país, embora as diligências da GNR estejam, esta terça-feira, concentradas em São João da Talha, em Loures, e no Bairro Alfredo Boa Saúde, na Portela.
“Selecionavam as vítimas, maioritariamente idosos vulneráveis, residentes na zona interior do país, e através de manobras de distração entravam nas suas residências das quais furtavam ouro e dinheiro, recorrendo à violência sempre que estas ofereciam resistência”, lê-se no comunicado da GNR.
Os suspeitos usavam manobras de distração como: “fazerem-se passar por empregadas de limpeza a mando da paróquia local; fazerem-se passar por assistentes sociais do centro de saúde para auxiliar os idosos a tomar a medicação”.
No decurso da investigação, as autoridades chegaram à conclusão que os suspeitos “solicitavam papel e caneta para deixar um recado a vizinhos” ou que pediam “um copo de água porque se sentiam mal”.
A rede estava ser investigada há cerca de dois anos, tendo sido registadas mais de 30 vítimas, a quem foram subtraídos bens num valor superior a 100 mil euros.
A GNR adiantou ainda que deu cumprimento “a 42 mandados, dos quais 26 em residências e em veículos, e 16 de detenção, tendo sido, até ao momento, detidas 13 pessoas, pela prática de crimes de furto e roubo, ao longo de todo o território nacional”.
Os detidos serão presentes, no dia 27 de junho, ao Tribunal Judicial de Sintra para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.
A operação envolve 275 elementos das Forças de Segurança, entre militares da GNR, nomeadamente da Unidade de Intervenção, da Direção de Investigação Criminal, do Grupo de Intervenção de Ordem Pública e dos Comandos Territoriais de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal, e elementos da Polícia de Segurança Pública.