Augusto Santos Silva diz que “não houve” pedidos para repatriar crianças da Síria ou Iraque

Ministro dos Negócios Estrangeiros diz estar a tratar da questão dos repatriamentos com a “prudência” e “descrição” necessárias

Augusto Santos Silva disse esta quarta-feira que “não houve”, até ao momento, nenhum pedido às autoridades portuguesas para repatriar crianças que estivessem em campos no Iraque ou na Síria.

"Estamos a trabalhar intensamente nesse assunto. Em primeiro lugar não houve nenhum pedido feito às autoridades portuguesas para repatriar crianças, menores, não acompanhadas, órfãos, de nacionalidade portuguesa que estivessem em campos no Iraque ou na Síria, nenhum pedido", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência Lusa.

"Em relação aos pedidos feitos de senhoras que, deliberada ou não deliberadamente foram cúmplices com organizações terroristas, esses pedidos colocam problemas de segurança nacional muito delicados que estão a ser enfrentados pelas autoridades portuguesas como pelas autoridades dos países que são aliados", acrescentou ainda o governante, à margem de uma visita ao Aeródromo Municipal de Ponte de Sor.

Augusto Santos Silva disse ainda não ter conhecimento de nenhum país aliado se Portugal que tenha procedido ao repatriamento de combatentes.

"Também não há, do meu conhecimento, nenhum país aliado de Portugal que tenha procedido ao repatriamento de combatentes estrangeiros do Daesh [acrónimo árabe que designa o grupo 'jihadista' Estados Islâmico], e, portanto, nós estamos a tratar desse caso com prudência necessária e com a descrição necessária, porque é um desses assuntos nos quais nós não devemos falar publicamente", declarou.