O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Matérias Perigosas (SIMM) sentaram-se esta segunda-feira à mesa com a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviárias de Mercadorias (ANTRAM).
Como era de esperar, o encontro não foi pacifico e os dois sindicatos acabaram por entrar o pré-aviso de greve para o próximo dia 12 de agosto.
Esta reunião surgiu depois de as duas estruturais sindicais terem anunciados que as negociações estavam a ser dificultadas por parte da ANTRAM. Face ao impasse, no primeiro congresso dos motoristas – que juntou o SNMMP e o SIMM – foi anunciada uma nova paralisação, com início a 12 de agosto.
No momento do anúncio da greve dos profissionais, a ANTRAM mostrou-se surpreendida com a decisão, já que julgavam ter as negociações a decorrer da melhor forma possível.
A história entre os sindicatos, especialmente o SNMMP, e os patrões não tem sido pacifica desde o início. Em abril, os motoristas de matérias perigosas quase pararam o país devido à greve. Só suspenderam a paralisação, porque houve, disseram na altura, abertura e vontade de negociar um novo contrato coletivo.
O objetivo do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas é, desde o início, conseguir um salário de 1200 euros para os profissionais do setor, um subsidio específico de 240 euros e a redução da idade da reforma. Recorde-se que alcançar um novo acordo coletivo surge na sequência da insatisfação dos trabalhadores face ao acordo coletivo assinado em setembro do ano passado entre a Federação dos Sindicatos de Transporte e Comunicação (FECTRANS) e a ANTRAM – motivo que acelerou a concretização da greve em abril.
O acordo coletivo assinado no ano passado foi também o motor para a criação do SNNMP que, antes de setembro, era uma associação. A discórdia que se gerou levou os motoristas a sindicalizarem-se no SNMMP – sindicato que hoje, com nove meses de existência, conta com mais de 900 filiados.