O PS fecha as listas até à próxima terça-feira e alguns cabeças-de-lista do partido são apostas do Governo. É o caso de Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, que encabeça a lista pela Guarda. Alexandra Leitão, secretária de Estado da Educação, será a aposta em Santarém. Estes dois casos são vistos como um sinal de promoção, dado que também passaram a integrar o secretariado nacional dos socialistas há cerca de um ano. Além disso são uma absoluta estreia na lista de deputados socialistas.
Tanto Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, como Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, são repetentes, respetivamente, por Viana do Castelo e Aveiro. Pedro Nuno Santos, recorde-se, foi o ponta-de-lança do Governo durante boa parte da legislatura no contacto, e nas negociações, com os parceiros de esquerda: PCP e Bloco de Esquerda.
Entretanto, ontem ficou fechado o nome de Alexandre Quintanilha como cabeça-de-lista pelo Porto, repetindo também a experiência de 2015, avançou o Público. Até à semana passada havia a dúvida sobre se a escolha do secretário-geral do PS, António Costa, recairia em Matos Fernandes, o ministro do Ambiente e da Transição Energética. Esta escolha pode sinalizar um outro cenário para o ministro, o das próximas eleições autárquicas no Porto. Assim, será uma reserva para outro ato eleitoral.
Ainda não há dados oficiais, mas António Costa deve encabeçar a lista por Lisboa. Falta esclarecer, por exemplo, se a secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes é a cabeça-de-lista por Setúbal, um dos círculos eleitorais onde o PS mais tem vindo a crescer. Em Braga, existe alguma tensão por causa das escolhas do presidente da federação distrital, Joaquim Barreto. E há quem o queira fora das listas, mas Barreto prepara-se para ser diretor de campanha das legislativas no distrito. Caberá a António Costa e a Ana Catarina Mendes resolver as tensões naquele círculo eleitoral.
A grande incógnita é a de Mário Centeno. O ministro das Finanças está numa short list para o FMI, o que pode baralhar as contas do primeiro-ministro. Que conta com ele para o próximo Executivo, se vencer as eleições.