FECTRANS não adere à greve mas critica serviços mínimos decretados pelo Governo

Apesar de não aderir à greve, FECTRANS critica serviços mínimos decretados pelo Governo.

A par da confusão sobre serviços mínimos entre sindicatos em greve, Governo e ANTRAM, há negociações a decorrer entre a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) e os patrões. O Contrato Coletivo de Trabalho Vertical continua a ser discutido entre as duas partes, já que a estrutura sindical afeta à CGTP optou por não se juntar à greve. Ontem, decorreu mais uma reunião entre a FECTRANS e a ANTRAM e os encontros devem continuar nas próximas semanas, mesmo em plena greve dos motoristas.

Apesar de a FECTRANS não ter avançado para greve, esta estrutura sindical disse não poder “deixar de ter opinião sobre as recentes decisões do Governo relativas aos serviços mínimos a garantir”. “No contexto desta greve por tempo indeterminado e da campanha desenvolvida em torno dela o Governo determinou o despacho de serviços mínimos, que na prática são serviços máximos, que pela sua dimensão limitam esse direito por parte dos trabalhadores do setor”, escreveu a FECTRANS.

Os objetivos da FECTRANS são menos ambiciosos do que os do SNMMP e SIMM e o que está em cima da mesa é, diz o sindicato afeto à CGTP, “aumentos de salários para janeiro do ano que vem”. “Existe um protocolo negocial e em janeiro de 2020 o salário base passará para 700 euros, o que se traduz num aumento mínimo para os motoristas de pesados, numa reposição mensal de 118 euros”, disse ao i José Manuel Oliveira, coordenador nacional da estrutura sindical.