Apesar de, pelas 9h desta segunda-feira, ter anunciado que os serviços mínimos não seriam cumpridos, Pedro Pardal Henriques – porta-voz e advogado do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) – adiantou à agência Lusa que a sua mensagem não foi compreendida: “O que eu disse há uma hora e meia é que as pessoas que estão escaladas são escoltadas para fazer os serviços mínimos”, disse, realçando que não pode exigir aos trabalhadores que não os cumpram quando são obrigados a trabalhar.
Pardal Henriques acusou o Governo de não respeitar a legislação laboral e faz um balanço "extremamente negativo" do início da greve, esclarecendo que vai apresentar provas das pressões que estão a ser exercidas sobre os motoristas e pedindo ao Governo que respeite o direito à greve e, a António Costa, "que resolva a situação". “Vão ter que aguentar com o Pedro Pardal Henriques até ao fim”, rematou tendo em conta as declarações de André Matias, advogado da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram). Sublinhe-se que Matias descreveu Pardal Henriques como uma pessoa que “gosta de conflito constante, de crispação constante” e que, por isso, “torna impossível o diálogo".
Recorde-se que a greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).