O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) considerou, esta quinta-feira, que o Governo e a ANTRAM devem um pedido de desculpa aos portugueses, uma vez que a greve se mantém apenas porque a associação que reúne as empresas de transportes recusou negociar.
Francisco São Bento, presidente do SNMMP, mantém o desafio à ANTRAM para uma reunião na tarde desta quinta-feira, informando ainda que Pedro Pardal Henriques, o vice-presidente e porta-voz do SNMMP, vai comparecer na DGERT às 15 horas de hoje para reunir, embora a Antram tenha rejeitado qualquer negociação enquanto existir greve.
"Sendo essa a única cedência que a Antram pretende, está a resposta dada. A ANTRAM simplesmente não quer negociar e pretende que esta greve continue (…) Fica ao critério dos portugueses constatar quem é que não quer negociar", disse o responsável.
"Acho que os portugueses merecem um pedido de desculpas e a ANTRAM já devia ter pedido desculpa, e o Governo também já devia ter apresentado um pedido de desculpas. A greve só se mantém porque não querem negociar connosco",defendeu ainda Pedro Pardal Henriques.
"Penso que o país inteiro já percebeu o que se está a passar e que há forças muito grandes a lutar contra estas pessoas", acrescentou.
Outra questão prende-se com detenções efetuadas pela GNR. Na última quarta-feira à noite, a força de segurança enviou um comunicado às redações onde desmentiu ter detido e escoltado dois motoristas de matérias perigosas até Aveiras de Cima, como tinha dito Pedro Pardal Henriques. No entanto, o advogado insiste nas suas declarações.
"Há documentos públicos dessas detenções", garantiu.
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