Jerónimo de Sousa voltou a reforçar a ideia de que “não há nenhuma maioria de esquerda”, defendeu o secretário-geral dos comunistas, ontem, durante um almoço de convívio de simpatizantes, em Alter do Chão, Portalegre, avançou a agência Lusa.
Referindo-se aos últimos quatro anos, o dirigente ‘clarificou’ que também não “há Governo apoiado pela CDU”. “E quando há por aí quem queira confundir situações e amalgamar tudo em matéria de responsabilidades governativas, é preciso continuar a clarificar para que não haja confusões”, afincou o dirigente.
Para Jerónimo de Sousa é simples: ou há medidas do Governo que se forem justas e a favor do povo “são apoiadas” ou há medidas que se forem prejudiciais para o país são “combatidas e recusadas” pelos comunistas.
No mesmo discurso, o líder do PCP também criticou governos liderados, nos últimos anos, pelo PS e PSD em coligação com o CDS e classificou a situação no BES de “um poço sem fundo”.
“Medidas urgentes” Ainda em Portalegre, o dirigente comunista aproveitou para anunciar que o partido vai apresentar “medidas urgentes” na área da saúde” para as legislativas, designadamente a dispensa gratuita de medicamentos para doentes crónicos e a criação do Laboratório Nacional do Medicamento.
“Sendo a nova Lei de Bases da Saúde um importante instrumento para a defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a resolução dos problemas que se mantêm no acesso dos portugueses aos cuidados de saúde, exigem um conjunto de medidas urgentes, como as que o PCP apresentará brevemente”, destacou.
Sobre a dispensa gratuita Jerónimo de Sousa informou que estas deveriam ser realizadas nas unidades de saúde do SNS e nas farmácias para os doentes crónicos, para as famílias com carência económica e para os doentes com mais de 65 anos.