“Fiquei em pânico quando não o encontrei. Ele está sempre no mesmo sítio quando vou buscá-lo” começou por explicar a mãe de um rapaz com 13 anos que foi abusado sexualmente, numa sala de aula, no passado dia 5 de agosto. De acordo com a progenitora, citada pelo diário sul-africano The Sowetan, um dos professores e o vice-diretor auxiliou-a a procurar o filho. Os factos criminosos tiveram lugar em East Rand, aproximadamente a 40 minutos de Joanesburgo, na África do Sul.
Sabe-se que a mulher encontrou o adolescente – que sofre de Síndrome de Down, doença caracterizada por sintomas como défice cognitivo, perturbações da linguagem, falta de força muscular e problemas oftalmológicos – trancado numa sala de aula sendo que o indivíduo que o violou juntou-se às buscas e adiantou que este devia estar a dormir numa sala de aula. “Ele foi até uma sala e destrancou-a. O meu filho saiu de lá imediatamente como se estivesse à espera que alguém abrisse a porta. Não prestei muita atenção porque estava feliz por estar finalmente com ele” avançou a mulher que acrescentou que os olhos do menino estavam vermelhos e “um cheiro emanava dele como se não se tivesse limpado depois de ir à casa de banho”.
Horas depois, a progenitora encontrou sangue e sémen na roupa interior da vítima enquanto lhe dava banho. No dia seguinte, a mesma foi observada por um médico que confirmou os abusos sexuais. “Fiquei chocada. Desmaiei porque não conseguia acreditar naquilo que estava a acontecer. Falei com o meu filho e ele disse que um funcionário tinha feito sexo com ele, ameaçando que lhe bateria se me contasse alguma coisa”, afirmou a mulher.
A mãe da vítima acusou a escola de nem sequer suspender o abusador sexual, alegando que o diretor da instituição o encarregou de vigiar os jardins da escola. Por outro lado, Steve Mabona, porta-voz do estabelecimento de ensino, realçou que a mãe está “enganada” e que o homem não cumprirá funções até ao fim da investigação policial.
Aliás, o diretor da instituição exigiu que o rapaz não frequentasse as aulas durante três meses e a enfermeira responsável pelos estudantes assegurou que o jovem tinha sido violado na escola antiga. “Confirmo que um caso de abuso sexual está em investigação mas que nenhuma detenção foi realizada” declarou o capitão Nomsa Sekele da polícia local.