"Sim, sim, é uma espécie de SNS [Serviço Nacional de Saúde] para animais. (…) Há uma série de associações que recolhem e acolhem animais errantes e abandonados e que se têm substituído ao Estado, tendo despesas incomensuráveis. Por outro lado, há muitas famílias com enormes dificuldades, nomeadamente pessoas idosas que estão sozinhas e que a única companhia que têm é o gato ou o cão" começou por explicar André Silva, dirigente do PAN, à revista Visão. O deputado esclareceu igualmente que a criação de uma medida de proteção e bem-estar animal à imagem do SNS tem por objetivo primordial dar "uma resposta social às famílias mais carenciadas". E isso acontecerá através de hospitais e/ou de clínicas? Silva deixou claro que o PAN pretende "estabelecer uma rede pública que tenha serviços médico-veterinários que possam suprir [as dificuldades] destas duas grandes comunidades."
A meta do partido é que os cuidados prestados a estes animais de estimação sejam revolucionados e esta ideia será incluída no programa eleitoral do PAN para as próximas eleições legislativas, de 6 de outubro. Esta rede assentaria na base do auxílio a famílias em função dos rendimentos auferidos: "estariam dispensadas do pagamento de taxas moderadoras (ou algo equivalente) e outras teriam de custear os cuidados médicos prestados" afirmou Silva, admitindo que ainda não analisou o impacto que a proposta terá nos cofres de Estado mas garantiu que serão apresentadas medidas que compensem o aumento da despesa.