Joacine Katar Moreira, a cabeça de lista do Livre pelo círculo de Lisboa, defendeu, esta quinta-feira, que deve ser atribuída nacionalidade portuguesa imediata para os filhos de imigrantes que nasçam em Portugal, bem como o direito ao voto dos cidadãos imigrantes.
"Quem nasce em Portugal deve ser de nacionalidade portuguesa de forma imediata, independentemente da situação oficial em que se encontrem os pais e os avós", referiu a candidata, citada pela agência Lusa, durante o debate “Democracia e feminismo”, que ocorreu no Porto.
De acordo com a candidata às eleições legislativas de 2019, o Livre considera que o alargamento da nacionalidade para os filhos de imigrantes é símbolo de “um instrumento de valorização da democracia" e não apenas uma reivindicação das minorias.
"O indivíduo que tenha autorização de residência é um indivíduo que, antes de obter a sua autorização de residência, esteve anos e anos e anos a descontar para a Segurança Social, a contribuir. E atribuída a declaração de residência, precisa de ser também enquadrado no que diz respeito ao alargamento da sua cidadania", sustentou a candidata, salientando que estas matérias estão diretamente relacionadas com as questões de justiça social.
A candidata considerou ainda que é “indigno” um salário mínimo de 600 euros, defendo assim o aumento do mesmo.
“É inadmissível que um Executivo de esquerda, apoiado por outras esquerdas, ache normal o aumento do ordenado mínimo de 20 euros que não melhora relativamente a vida de família nenhuma", declarou, acrescentando ainda que um aumento se prende com “vontade política”, dando como exemplo Espanha, onde o ordenado mínimo foi aumentado 165 euros e não "gerou o colapso do sistema".