“Tenho quase por certo que não teremos essa discussão no Orçamento de 2020”. A frase do primeiro-ministro serviu para esclarecer que a hipótese, colocada no programa eleitoral do PS, não será uma realidade no próximo Orçamento do Estado.
António Costa respondia ao líder do PSD, Rui Rio, que levou o tema das poupanças a debate, mas também os riscos de englobamento dos vários tipos de rendimentos em sede de IRS. Por exemplo, Rui Rio considerou que tal decisão seria “uma pancada nos senhorios, nos inquilinos e em todos os aforradores”.
Mais, Rui Rio assegurou que se tivesse ganho eleições faria complemente diferente, contestando ainda o facto de não haver um real incentivo à poupança dos portugueses. “Hoje quem poupa tem um juro absolutamente ridículo – de 0,1 a 05%- ou seja, quem poupa em Portugal não tem qualquer incentivo para o continuar a fazer”, atirou.
Costa ouviu a intervenção de Rio e acusou-o de falar de temas “fora de tempo”, designadamente, no englobamento de rendimentos no IRS. Aí surgiu o primeiro esclarecimento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2020.
“Tenho quase por certo que não teremos essa discussão no Orçamento de 2020. O que temos de discutir antes são medidas para aumentar a redução em sede de IRS para famílias”, afirmou António Costa, desafiando o líder do PSD a acompanhar o Governo neste tipo de propostas.