Pelo menos 14 pessoas morreram, esta quinta-feira, depois das forças de segurança iraquianas terem usado munições reais e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes antigovernamentais, no sul do Iraque, na cidade Nasiriya, segundo fontes e testemunhas da Al Jazira. A repressão dos protestos deixou 120 pessoas feridas, dizem fontes militares da estação do Qatar.
As autoridades na capital do país, Bagdade, destacaram tropas para o sul do Iraque, onde se tem visto protestos massivos que já duram algumas semanas, com o objetivo de "impor a segurança e restaurar a ordem", segundo um comunicado dos militares publicado esta quinta-feira.
"Sob as ordens do comandante chefe das Forças Armadas, o primeiro-ministros Adel Abdel Mahdi, alguns comandos militares foram nomeados para esta unidade para dirigir e controlar toda a segurança e forças militares e assistir os governadores na sua missão", lê-se no comunicado, citado pela BBC.
Uma onda crescente de manifestações contra o Governo iraquiano atingiu Bagdade e o sul do Iraque, exigindo uma mudança do sistema de Governo, que é visto como corrupto, sectário e ineficiente. Desde o início dos protestos no país, já morreram mais de 360 iraquianos, enquanto 14 mil foram feridos, segundo a AFP.