O Parlamento rejeitou, esta sexta-feira, o voto de condenação do presidente da Assembleia da República pela sua advertência ao deputado único do Chega, pelo seu uso da palavra 'vergonha'.
André Ventura já reagiu à recusa de condenação, proposta pelo seu partido, sublinhando o seu desagrado e acusando as bancadas parlamentares de não se unirem contra a “censura” de que considera ter sido alvo.
"É uma vergonha que o Parlamento, que é a casa da liberdade, não reconheça que houve um ataque à liberdade e democracia", afirmou, em declarações ao Correio da Manhã. "Só mostra que o sistema não está preparado com a diferença", acrescentou.
Para Ventura, o Parlamento reage contra "quem quer fazer a diferença". O deputado do Chega criticou ainda as bancadas parlamentares por não se terem juntado a si na condenação de Ferro Rodrigues. "É negativo porque isto é censura, mas não é nada de que não estejamos à espera", concluiu.
No texto, proposto pelo Chega, lia-se: "A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, vem desta forma manifestar a sua condenação por estas declarações e pelo caminho que, aparentemente, está a ser seguido na sua relação com os restantes deputados por sua excelência, o senhor presidente da Assembleia da República, cortando-lhes, a ampla capacidade de expressão que a constituição e o regimento da Assembleia da República lhes reconhecem".
A proposta do partido de Ventura foi rejeitada todas as bancadas, à exceção de CDS-PP e do deputado único da Iniciativa Liberal, que se abstiveram.
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