Rui Rio anunciou, esta terça-feira, no final das jornadas parlamentares do PSD, que o partido vai votar contra a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2020.
Antes anunciar o sentido de voto na generalidade do partido, o líder dos sociais-democratas considerou que, embora até concorde com algumas intenções do ministro das Finanças, Mário Centeno, a proposta apresenta mais medidas negativas do que positivas.
"Todos sabemos que o Orçamento do Estado passar com um voto de abstenção do PSD é muito baixo. Mas o voto contra tem de ser naturalmente sustentado – temos de saber explicar aos portugueses porque é que votámos contra. O voto contra do PSD tem razões, que sustentam na base aquilo que é o seu historial, o programa eleitoral que apresentou aos portugueses e ainda outros aspetos que aqui expliquei", disse.
"Este orçamento é real ou fictício?", questionou o presidente do PSD. "Este orçamento não tem uma linha estratégica, tem uma tática", acrescentou, defendo ainda que a constituição do Governo não irá permanecer igual em 2020.
"Os quatro Orçamentos até aqui foram elaborados para agradar à Esquerda e executados para agradar a Bruxelas. Este Orçamento é apresentado para agradar à Esquerda e será executado para agradar a Bruxelas se Mário Centeno cá ficar o tempo todo, porque o que acho é que ele não vai cá ficar o ano todo", considerou Rio. "A perceção que tenho é que este Orçamento poderá ser executado por um protagonista diferente daquele que foi nos últimos quatro anos", defendeu.
Recorde-se que antes de anunciar o sentido de voto dos sociais-democratas, Rui Rio já tinha dado a entender que iria votar contra o OE2020, depois de fazer várias críticas ao documento.