Um homem luso-canadiano, suspeito de ter violado duas mulheres e de as manter em cativeiro durante vários dias, no Algarve, ficou, esta quarta-feira, em prisão preventiva, depois de ter sido detido na passada terça-feira durante uma busca domiciliária, sete meses depois de uma queixa ter sido apresentada.
Os crimes ocorreram nos meses de abril e maio de 2019. O homem de 35 anos é acusado de ter mantido duas mulheres presas em sua casa e de as ter obrigado a manter relações sexuais consigo, além de as ter “agredido e ameaçado repetidamente”, de acordo com uma nota publicada no site oficial da Procuradoria da República da Comarca de Faro.
De acordo com a SIC Notícias, uma das mulheres, de nacionalidade brasileira, ficou em cativeiro durante cinco dias, tendo conseguido escapar durante uma saída com o suspeito a Boliqueime. Depois de ter fugido, a mulher apresentou queixa às autoridades, que abriraram uma investigação.
A outra mulher, sequestrada no mês de junho, de nacionalidade britânica, conseguiu pedir ajuda a um funcionário da restauração do Forúm Algarve, através de um papel onde escreveu "ajude-me, estou desaparecida". O funcionário decidiu chamar a PSP, que acabou por intercetar o homem, que garantiu que a mulher estava com ele de livre vontade. Para garantir a segurança da mulher, os agentes decidiram levá-la para a esquadra, onde esta acabou por admitir todos os crimes cometidos pelo arguido.
O homem já tinha sido condenado no Canadá por homicídio e foi agora acusado pelo Ministério Público de “dois crimes de rapto agravado, seis crimes de violação, dois crimes de ameaça agravada, dois crimes de ofensa à integridade física qualificada e dois crimes de furto”, acrescenta ainda o comunicado da Procuradoria da República da Comarca de Faro.