Alberto João Jardim impugnou as eleições diretas do PSD, deste sábado, junto da Comissão de Jurisdição Nacional.
O ex-líder do PSD Madeira afirmou que "organizações estranhas" estão a "interferir na vida do PSD da Madeira" e que as listas "apresentadas não são as listas legais", justificando assim, citado pela agência Lusa, a impugnação.
"O caderno eleitoral que está aqui [Madeira] a servir de base é ilegal", disse o também mandatário regional da candidatura de Rui Rio.
Alberto João Jardim alegou que alguns militantes do PSD foram enganados propositadamente e há um choque entre a Direção Regional e a Direção Nacional do PSD.
Em causa está o novo regulamento de pagamento de quotas, que implica que apenas o militante conhece a referência de multibanco necessária ao pagamento da sua quota.
A mudança marcou a campanha, com a direção de Rio a defender o novo método, concebido para impedir pagamentos massivos, e com Montenegro a contestar a introdução de novas regras em cima do processo eleitoral.
O PSD/Madeira referiu que os militantes apros a votar seriam 2500, enquanto a secretaria-geral contabiliza pouco mais de cem com quotas pagas à luz do novo regulamento.
Recorde-se que cerca de 40 mil militantes do PSD – com quotas em dia – podem votar hoje nas eleições diretas, cujas urnas estão abertas até às 20h.
A disputa é entre o atual detentor do cargo, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.
Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos nos resultados das eleições de hoje, haverá lugar a uma segunda volta, a realizar-se no dia 18 de janeiro, entre os dois candidatos mais votados.