Polícias proibidos de gozar férias e folgas em dia de protestos

Dia 21 de janeiro foi a data escolhida para várias manifestações das forças de segurança, que fazem várias reivindicações, entre elas o pagamento do subsídio de risco.

Vários comandos da PSP estão a proibir todo o efetivo policial do gozo de férias, de folgas e de créditos horários para 21 de janeiro, dia em que os agentes têm marcados vários protestos.

Na ordem de serviço, a que agência Lusa teve acesso, é apresentada a "impossibilidade do gozo de férias, folgas e créditos horários" justificada pela comparência de "um número significativo de manifestantes" nas várias ações agendadas pelas forças de segurança  e pela "necessidade de assegurar um policiamento ajustado".

A PSP sublinhou ainda, no mesmo documento, que "o dispositivo de segurança a implementar no policiamento aos protestos não deverão condicionar o cumprimento das demais missões", nomeadamente ao nível da "garantia da segurança, ordem e tranquilidade públicas e resposta a solicitações".

Esta ordem de serviço foi distribuída pelos efetivos dos comandos de Lisboa, Porto, Braga, Faro e Setúbal, segundo disse fonte policial à agência Lusa.

Sublinhe-se que sete sindicatos da PSP e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) vão realizar, na próxima terça-feira, dia 21, concentrações em frente ao estádio de Braga, onde vai decorrer a Final Four da Taça da Liga em futebol, em frente do Ministério das Finanças, em Lisboa, e em Faro.

No mesmo dia, o Movimento Zero vai realizar concentrações em todos os aeroportos portugueses, uma ação que vai prolongar-se durante vários dias.

As reivindicações da classe policial e militar da GNR, que estão na base dos protestos, dizem respeito ao pagamento do subsídio de risco, à atualização salarial e dos suplementos remuneratórios, ao aumento do efetivo e a mais e melhor equipamento de proteção pessoal.