Agradecendo a "presença, apoio e entusiamo" de todos os que participaram na campanha eleitoral, Luís Montenegro começou por cumprimentar "os que votaram e os que não votaram". "Somos um grande partido e instituição da democracia portuguesa", fez questão de frisar, antes de comentar os resultados que deram a vitória a Rui Rio, ainda antes de todas as secções estarem apuradas.
Quanto a nomes, o primeiro a surgir foi o de Margarida Balseiro Lopes, "um exemplo de qualificação, coragem, dedicação e tolerância" que é, nas palavras de Luís Montenegro "uma garantia do futuro do PSD".
Garantindo que o PSD é um partido "aberto à sociedade" e que tem a "capacidade de recrutar os melhores", Montenegro agradeceu a Luís Reis, mandatário nacional, "que, não sendo militante do PSD, personificou essa capacidade de abertura e diálogo com a sociedade".
Confessando que já tinha telefonado a Rui Rio para transmitir as suas "felicitações", garantiu que não havia equívocos ou dúvidas quanto aos resultados. "Ele foi o vencedor destas eleições. É credor, naturalmente, do nosso cumprimento, é credor do nosso desejo de que possa ultrapassar com êxito os próximos combates que o partido vai travar, desde logo com as eleições regionais nos Açores, e, no próximo ano, com as eleições autárquicas de 2021".
Desejando ao "companheiro Rui Rio" que seja bem sucedido nesses "combates eleitorais" e não pondo em causa "de maneira nenhuma os resultados", pediu ao presidente reeleito que "saibam interpretar os resultados eleitorais que o PSD obteve no último ano" e "aquilo que resulta da avaliação que os militares hoje fizeram nas urnas".
Afirmando que todos têm que contribuir, Luís Montenegro sublinhou ainda a importância de ter paz e unidade dentro do partido. "Para acabar com a cultura de facção, com divisões insustentáveis e com agressividades intoleráveis", afirmou.
Reiterando que a unidade de que fala começa não só na liderança, como também no líder, Luís Montenegro deseja a Rui Rio que tenha "a capacidade de devolver essa unidade" ao partido.
Granatindo não ter dúvidas quanto a Portugal precisar do PSD, o candidato pediu, durante o discurso que o PSD pudesse, posteriormente às eleições internas, "alicerçar as bases de uma alternativa política diferenciadora que ofereça ao país uma solução de governo diferente daquela que tem sido protagonizada pelo partido socialista e pelo primeiro-ministro, António Costa".
No final do discurso, Luís Montenegro advertiu que "o PSD deve estar preparado para governar Portugal em tempos de normalidade".
Garantindo que estará "disponível para os combates que o partido vai enfrentar na medida em que o partido quiser e solicitar", Luís Montenegro garantiu ainda que não tenciona "desempenhar nenhuma função ou cargo no PSD".