Os deputados socialistas que estão contra o aumento do IVA nas touradas para 23% vão votar a favor, por causa da disciplina de voto. Mas fizeram questão de manifestar o seu descontentamento e deixaram críticas ao que chamaram de "imposição de uma 'cultura de gosto'".
"A posição assumida deve-se exclusivamente à disciplina de voto", garantiu Maria da Luz Rosinha, deputada e ex-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, que com Pedro do Carmo, eleito por Beja, são os porta-vozes do grupo de quarenta deputados que não concorda com a subida do IVA nas touradas, até agora sujeitas à taxa reduzida do imposto, mas cujo aumento será votado esta quarta-feira na Assembleia da República.
Os deputados, numa conferência de imprensa, criticaram "a imposição de uma 'cultura de gosto'" e assumiram-se “convictamente defensores da cultura portuguesa, em que se inclui a tauromaquia", e como tal apresentaram uma declaração de voto, ainda que não tenham votado a favor formalmente.
"O que se apresenta como uma medida fiscal é, antes, uma posição de preconceito relativamente a uma vertente da cultura popular portuguesa, particularmente enraizada em muitas comunidades", lê-se no texto da declaração de voto.
Sublinhe-se que a bancada do PS tem disciplina de voto quanto ao programa do Governo, Orçamentos do Estado, moções de censura e de confiança e compromissos do programa eleitoral ou ainda por orientação expressa da comissão política nacional do partido.
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