Não foi propriamente um discurso cheio de novidades e o presidente do PSD repisou alguns argumentos passados sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde ou da Segurança. A intervenção de Rui Rio foi sobretudo para falar ao País, e começou por lembrar que se deve ser "menos fazedor de notícias e mais construtor de soluções".
Sobre o Governo, criticou o seu modelo focado no consumo, que não permite o crescimento baseado na produção, sem espaço para reformas. O resultado? "Os portugueses podem ter alguma ambição desde que ela seja poucochinha", afirmou Rui Rio, num momento em que se gritou PSD no congresso.
No ínicio, Rui Rio fez uma saudação especial ao CDS, realçando as diferenças, mas recordando os momentos em que os dois partidos governaram o País, em situações difíceis, como a da entrada da Troika em Portugal.
Nos últimos quinze minutos de discurso, Rio insisitiu que é preciso uma reforma na justiça e no sistema político, voltando a lembrar a sua disponibilidade para pontos de entendimento, tal como um pacto para combater as assimetrias e fazer uma descriminação positiva do Interior.
No caso da reforma do sistema político, Rio defendeu a redução "moderamente" do número de deputados e a limitação dos seus mandatos.
O presidente do PSD argumentou que se deve combater a demagogia e o populismo:""Tem de haver coragem para combater a demagogia e o populismo, que são dois dos mais perigosos adversários da democracia".
Quanto à justiça, foi mais duro. Rio criticou o corporativismo, a "opacidade" e não esqueceu o aumento dos salários dos magistrados. Para Rio este foi mais um momento em que o Governo" mostrou que não tem grande problema em ser fraco com os fortes e forte com os fracos".
Por fim, numa última frase, Rio despediu-se do congresso com a intenção de ficar na história do partido com honra e glória: "Na história do PSD, muitos saíram com honra e com glória. Saibamos nós seguir esses exemplos e servir Portugal como eles serviram".